terça-feira, 2 de dezembro de 2014

33 anos de Britney Spears: Um passeio pelos álbuns da princesa do Pop



Britney Spears, aka Princesa do Pop, completa 33 primaveras no dia hoje. Como o fã que sou, resolvi ranquear seus trabalhos de estúdio, levando em consideração qualidade e gosto de pessoal para que o top seja o mais verdadeiro possível, eis aqui como ficou o top:




1. Blackout
Existe um motivo pelo qual revistas de renome falaram que ‘’... em 2017 estaremos dançando o tipo de música que Mrs. Spears está lançando em 2007’’, o motivo é que ‘’Blackout’’ é o que de mais inacreditavelmente excelente já saiu de Britney como cantora. Nem todo mundo vai gostar do que Danja e Britney fizeram nesse cd, mas é inegável o quão influenciável para o cenário dance ele foi, até porque mesmo sete anos depois, todas as canções ainda são tão ‘’freshs’’ como se tivessem sido lançadas hoje. ‘’Gimme More’’ e ‘’Piece of Me’’ são duas das faixas mais dançantes que um artista pop já fez, o que ‘’Break The Ice’’ concebe como mix de pop/eletro/r&b é coisa de mestre e o que falar de ‘’Heaven on Earth’’? e o dubstep já explorado em ‘’Freakshow’’? O álbum fala por si só, é uma perfeição sonora que te puxa de um lado ao outro com o poder da batida de todas as músicas. Falando nisso, minha jóia escondida desse cd é a canção mais batidão de Britney, em minha opinião, ‘’Toy Soldier’’ que usa e abusa de auto-tune para gerar uma uptempo R&B dignas de aplausos, aplausos de pé.



2. Britney
Sem dúvidas, é o trabalho dela que eu mais gosto. ‘’Britney’’ é um exemplo a se seguir arrisco de como fazer transição para qualquer artista novata, Spears ainda entoa canções como ‘’I’m Not A Girl, Not Yet a Woman’’ ou ‘’Cinderella’’, mas ao também fazer músicas como ‘’I’m A Slave 4 U’’ e ‘’Boys’’ (a última eu nunca irei gostar, admito) ela adentra no funk-r&b-dance com uma sagacidade absurda. O cd tem erros sim, afinal ‘’Anticipating’’ é indefensável, mas perto de ‘’Bombastic Love’’, ‘’When I Found You’’ e ‘’Lonely’’ é apenas um deslize. E, claro, não vou deixar de falar em especial de ‘’Overprotected’’, minha canção favorita da Britney é uma canção pop perfeita do ínicio ao fim, desde a letra até a produção, tá tudo certo aqui, como em todo o ‘’Britney’’ em si.



3. In the Zone
Britney Spears nunca esteve tão no controle artístico como nesse cd. Altamente inspirada nos encontros que teve com Madonna, Britney decidiu tomar as rédeas de tudo, desde composição, passando pelos produtores e chegando até a mudança na foto de capa do cd. In The Zone é o primeiro trabalho realmente maduro da cantora, colocando ela nos trilhos que até hoje ela faz seus trabalhos: é pop e dance com influências de hip-hop e música negra como um geral. O único erro do cd é mesmo uma de suas últimas canções, a exagerada ‘’Brave New Girl’’, mas ela nada é quando temos canções que falam de sexo (‘’Breathe on Me’’) e masturbação (‘’Touch of my Hand’’) de formas tão inventivas. Não vou esquecer-me de citar o hino dance que é ‘’Toxic’’(todo fã de Britney ama Bloodshy & Avant por uma razão), mas meu xodó do álbum é mesmo ‘’The Hook Up’’, poucas vezes Britney foi tão diferentemente excitante como nessa música.



4. Oops! I Did It Again
É o cd que mais cresceu numa revisão para fazer o top. Assim como o debut de Britney, Oops sabe examente o que quer, quem quer atingir e como irá fazer isso. Britney começa a adicionar alguns elementos aqui e ali (cover de banda de Rock, toques country em baladas, etc), mas o álbum ainda é um puro exemplar da música pop feita na época que comprar música só em forma de cd original. Pessoalmente só tem duas músicas que realmente não sou fã em todo o álbum, são elas ‘’Cant Make You Love Me’’ e ‘’Dear Diary’’, mas o que isso importa quando temos as fofas-bregas ‘’Lucky’’ e ‘’Where Are You Now’’ (você jamais ouvirá Britney segurar uma nota como no fim dessa última música) ou canções já atemporais como ‘’Stronger’’ e a música titulo do cd, a clássica ‘’Oops!... I Did It Again’’.



5. Femme Fatale
Talvez a minha decisão mais ‘’diferente’’ por assim dizer é colocar o Femme Fatale em 5º lugar, mas irei defender até o fim dos dias o quão subestimado é esse cd. Não só ele é todo correto do inicio ao fim no que se propõe em sonoridade, como também entrega lados novos da música dance que Britney já adentrava anos atrás, como o aprimoramento do uso do ‘’dubstep’’, já presente no ‘’Blackout’’. O cd tem seus erros, afinal, não é todo mundo que vai gostar de ‘’Gasoline’’ ou das batidas incessantes de ‘’Big Fat Bass’’, mas um cd que reúne canções de estilo mais ‘’folk’’ como ‘’Criminal’’ até músicas dançantes e divertidas como ‘’I Wanna Go’’ e ‘’Till the World Ends’’ merece muito meu respeito.



6. ...Baby One More Time
O debut de Britney é bom, aliás, é bem bom, especialmente quando lembramos que 70% dos cd’s pops dos anos 90 eram totalmente descartáveis quando se excluíam as canções de trabalho (Christina Aguilera é um exemplo disso) ou que ela fez o cd entre os 16/17 anos de idade com uma grande pressão de realmente acontecer no cenário pop. Todo o álbum é ditado pelo estilo ‘’bubble-gum pop’’ que Britney iria disseminar com seus semelhantes entre o fim dos anos 90 e começo dos anos 00. Nem todas as canções são boas, temos a confusa ‘’Soda Pop’’ e aquele cover horrendo da Cher que é ‘’The Beat Goes On’’, mas o resto é uma coleção de músicas adocicada sobre os principais assuntos que envolvem adolescentes de todo o mundo, destaco a adorável ‘’I Will Be There’’,  a dançante ‘’(You Drive Me) Crazy’’ e, claro, o hino noventista que dá nome ao cd.



7. Britney Jean
Expectativa é algo que só se cria quando se tem como suprir, o que não é o caso do último trabalho de Britney Spears. Não considero o cd ruim, mas não se grita para os quatro cantos do mundo que seu próximo trabalho é o mais pessoal de todos e chama William Orbit e Sai para trabalhar e então lança materiais como a efusivamente vazia ‘’It Should be Easy’’ ou a incrivelmente fraca ‘’Body Ache’’. O cd tem seus acertos, afinal ‘’Til It’s Gone’’ é das melhores uptempos que Spears já lançou, e ‘’Alien’’ é daquelas canções diferentes que só ela lança, mas a apatia do trabalho acaba ofuscando, já que o apresentado (em sua maioria) não passa de um punhado de boas músicas sem qualquer capacidade de união sonora digna de nota.



8. Circus
Todo fã de Britney sabe como esse cd foi importante para carreira dela, significando o tão esperado retorno em grande estilo da cantora depois de anos de uma vida conturbada. Infelizmente, o retorno foi apenas comercial, já que ‘’Circus’’ é um cd claramente feito nas coxas e as pressas para que esse retorno precisasse acontecer. É totalmente aleatório, sem qualquer coesão e contém faixas do nível de ‘’Mmp Papi’’ e ‘’My Baby’’, que beiram o grotesco devido a falta de bom senso e qualidade musical. O cd é tão errado que as melhores faixas do mesmo acabaram ficando de fora, como foi o caso de ‘’Trouble’’, ‘’Amnesia’’ e ‘’Phonography’’. Porém, nem tudo no álbum é ruim e os hits ‘’Womanizer’’ e ‘’If U Seek Amy’’ (das sacadas mais geniais da cantora) são canções que mostram o melhor de Spears, pena que nesse cd, elas são minoria. 

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

REVIEW: Noé - O conto biblíco pela visão extravagante de Aronofsky.





O novo filme de Darren Aronofsky é sobre a passagem bíblica de Noé, simples assim. Só que ir ao cinema esperando que o diretor tenha perdido seu tempo contando a história escrita na Bíblia sem mudar nada é um erro que qualquer espectador poderá cometer. Aronofsky nasceu como um ‘auteur’ e não seria por conta de uma produção milionária de um grande estúdio que o mesmo iria deixar de trabalhar seus temas no longa que está dirigindo, o que é de se agradecer, visto que contar a história de Noé passo a passo seria chato, didático e até errôneo para um diretor do nível dele.

A missão de criar uma arca para abrigar apenas um casal de cada espécie e assim deixar o resto à mercê da justiça divina no dilúvio mais famoso de todos os tempos é a sinopse base tanto da passagem bíblica quanto do filme em si. Só que o interesse maior aqui não é só contar uma história de forma bem feita, mas fazer um trabalho considerável de estudo de quem poderia ter sido Noé enquanto pessoa e seus pensamentos perante as tantas tarefas que lhe são asseguradas pelo ‘’criador’’. Isso bate muito de frente com os protagonistas do diretor, todos estão quase que à beira de uma crise completa e se veem perdidos em seus próprios receios, medos e afins. Em Noé a situação não difere muito do normal, mesmo que não trate as dúvidas desde o começo do longa, não demora muito para que os questionamentos comecem a atormentar Noé e façam com que ele se veja em dúvida da palavra do seu mestre maior.



Os monstros de pedra no melhor estilo Transformers até podem desviar um pouco a atenção, mas a narrativa do filme não se perde nem quando o vilão meio cartunesco de Ray Winstone aparece ou quando temos Anthony Hopkins em devaneios nas suas cenas como Matusalém, duas escalações bem acertadas, apesar dos problemas. Aliás, a escolha de Russell Crowe como o protagonista foi um tiro certeiro, sua presença de cena, acompanhada de bravura, sutileza e explosões pontuais, deve ser elogiada, há muito tempo ele não está tão bem.

O resto do elenco varia bastante, Jennifer Connelly não fica nem um pouco atrás de Crowe, dando uma performance sóbria durante todo o filme e explodindo no que vem a ser o melhor momento de sua carreira em pelo menos uma década. Douglas Booth não tem muito o que fazer.  E Emma Watson nem sempre dá conta do dever de casa. Mais opaca que ela, só mesmo Logan Lerman,  sua atuação só não é totalmente apagada porque ele tem muito tempo de cena, mas é feita quase que sem brilho e parece estar bem desconfortável com o papel que lhe foi dado.



Os efeitos são sublimes, as cenas do clímax são muito bem orquestradas e finalizadas, e nem precisa chover no molhado em elogios a trilha, que é quase um personagem, belíssima de Clint Mansell. É com um conjunto de acertos que passam por todos os departamentos determinantes para fazer um bom filme, que Darren Aronofsky entrega o que pode até ser seu filme menos pessoal, mas ainda assim consegue ser tanto um entretenimento cinematográfico para o grande público quanto uma visão singular de uma história pra lá de conhecida.

Cotação: e 1/2.

domingo, 2 de março de 2014

Oscar 2014: Opiniões e palpites sobre o que deve acontecer na noite mais badalada de Hollywood.





Hoje ocorre a 86ª edição do Oscar, e esse ano parece que a Academia conseguiu fazer uma seleção de filmes tão bons que a briga pelo prêmio principal deve ser entre duas obras de nível altíssimo. Vou postar aqui minhas previsões e opiniões nas categorias principais. 

- Melhor Filme:

Trapaça
Clube de Compras Dallas
Capitão Phillips
Gravidade
Ela
Nebraska
Philomena
12 Anos de Escravidão
O Lobo de Wall Street



Quem vence: A briga é entre Gravidade e 12 Anos de Escravidão. Porém, o filme sobre a escravidão fala mais alto com os votantes pela importância histórica absurda, junte isso a eles não serem lá muito fãs de ficção científica e deve dar mesmo o filme de Steve McQueen.

Quem deveria vencer: Não tendo visto 3 dos indicados (Philomena, Capitão Phillips, e o favorito, 12 Anos de Escravidão), creio que daria a vitória a O Lobo de Wall Street ou Gravidade. O primeiro pela capacidade de contar uma história tão louca de uma forma mais absurda ainda, mostrando que Scorsese ainda choca mesmo na casa dos 70. O segundo pelo, quase, milagre estético que Cuarón imprimiu em sua obra.

Quem deveria estar ai: Não exigo a indicação de um filme francês como Azul é a Cor Mais Quente ou uma animação japonesa como Vidas ao Vento, mas a falta de pequenos filmes que falam muito como Frances Ha e Antes da Meia-Noite, sendo que incluíram obras como Trapaça e Clube de Compras Dallas é um exemplo que a Academia sempre tem que errar.

- Melhor Diretor:
David O. Russell - Trapaça
Alfonso Cuarón - Gravidade
Alexander Payne - Nebraska
Steve McQueen - 12 Anos de Escravidão
Martin Scorsese - O Lobo de Wall Street




Quem vence: Não tem outra, mesmo que McQueen ameace pelo amor a seu filme, a estatueta deve ficar mesmo com o mexicano Alfonso Cuarón.

Quem deveria vencer: Não vi o trabalho de Steve McQueen, mas não tenho dúvidas que Cuarón será das vitórias mais merecidas da noite. Seu trabalho de direção sucumbiu numa experiência visual de fazer James Cameron chorar tamanha a perfeição de imagem que o diretor colocou em tela.

Quem deveria estar ai: Bem que a Academia poderia ter trocado o trabalho fraco do O. Russell pela coisa tocante que foi a forma como o Spike Jonze conduziu ''Ela''.

- Melhor Ator:
Christian Bale - Trapaça
Bruce Dern - Nebraska
Leonardo DiCaprio - O Lobo de Wall Street
Chiwetel Ejiofor - 12 Anos de Escravidão
Matthew McCounaghey - Clube de Compras Dallas


Quem vence: Existe torcida pra Ejiofor e DiCaprio, mas duvido muito que após tanta campanha e perda de peso alguém tire esse careca dourado de Matthew McCounaghey.

Quem deveria vencer: Não vi Ejiofor, mas posso afirmar que a vitória de DiCaprio seria linda por N motivos. Não é só porque ele é, provavelmente, o maior astro de Hollywood mesmo depois de anos do estouro de Titanic, mas é porque a dinâmica em como ele agrega o exagero e a loucura de seu personagem a si é coisa de quem sabe o que está fazendo, tornando a performance mais natural de sua carreira uma em que ele, justamente, está insano.
Quem deveria estar ai: Gosto de todos os que eu vi, mas tiraria o ex-Batman facilmente para incluir o trabalho terno e amoroso de Joaquin Phoenix em ''Ela'' na lista.

- Melhor Atriz:
Cate Blanchett - Blue Jasmine
Amy Adams - Trapaça
Sandra Bullock - Gravidade
Judi Dench - Philomena
Meryl Streep - Álbum de Família



Quem vence: Não tem para ninguém, é Cate Blanchett na cabeça.

Quem deveria vencer: Não vi Miss Dench (mas pelo histórico dela, nem preciso), mas Cate Blanchett não é só a melhor do ano, mas uma das performances mais incríveis do cinema. Poucas atrizes concebem método em atuação como Blanchett, aliando isso a uma personagem deliciosa, e o resultado não poderia ter sido melhor.

Quem deveria estar ai: Gosto demais de Sandra Bullock, mas Gravidade passa longe de ser um filme de personagem. Então, uma indicação para Adèle Exarchopoulos, Greta Gerwig ou Julie Delpy no lugar de Bullock teria sido bem mais interessante.

- Melhor Ator Coadjuvante:
Barkhad Abdi - Capitão Phillips
Bradley Cooper - Trapaça
Jared Leto - Clube de Compras Dallas
Michael Fassbender - 12 Anos de Escravidão
Jonah Hill - O Lobo de Wall Street




Quem vence: Perder um Oscar fazendo um transexual com AIDS? Meio difícil, não é mesmo? E não vai ser Jared Leto que irá fazer isso. O vocalista do 30 Seconds to Mars vai vencer facilmente.

Quem deveria vencer: Estou desfalcado por não ter visto nem Abdi ou Fassbender, duas concorrências diretas de Leto, mas posso afirmar que ficarei - até - feliz com a vitória de Jared, mesmo que o roteiro utilize dele mais como um tipo, e muito da força de sua atuação seja pela caracterização do que por existir um personagem em si. Porém, se chamarem o nome de Jonah Hill eu iria vibrar demais, o trabalho cômico, mas totalmente certeiro de Hill em ''O Lobo de Wall Street'' balanceia tão perfeitamente com o de DiCaprio que é de se ficar besta.
Quem deveria estar ai: Posso começar a listar uns 50 nomes melhores que o Bradley Cooper, num trabalho pavoroso de ''atuação'' como o que ele fez em Trapaça. E o desespero para vê-lo fora dos indicados é tanto que eu até compro Will Forte, Jake Gyllenhaal ou Daniel Brühl de coadjuvantes em seus filmes.
- Melhor Atriz Coadjuvante:
Lupita Nyong'o - 12 Anos de Escravidão
Sally Hawkins - Blue Jasmine
June Squibb - Nebraska
Jennifer Lawrence - Trapaça
Julia Roberts - Álbum de Família


 Quem vence:  É a disputa entre duas pessoas mais direta do ano. É Nyong'o vs. Lawrence, a primeira vencendo o Critics Choice e o SAG (Sindicado de Atores) e a segunda com as vitórias no Globo de Ouro e BAFTA (O Oscar britânico). Eu ainda acredito que a vitória recente e a idade irão prevenir que Lawrence vença de novo, e espero mesmo que dê Lupita Nyong'o.
Quem deveria vencer: Infelizmente não vi Lupita, mas das 4 demais fico com June Squibb. Sua personagem é incrível e a força cômica bem sútil de Squibb em dizer suas falas é um charme absurdo para essa senhora de 84 anos.
Quem deveria estar ai: Como é uma categoria bem aberta e sempre existem personagens femininos coadjuvantes nos filmes, preciso citar várias. Entre elas temos Lea Seydoux em Azul é a cor mais Quente, Lili Taylor em Invocação do Mal ou Emma Watson em Bling Ring. Provavelmente tiraria a Jennifer Lawrence, mas passo longe do ódio que outros nutrem pela moça.

- Melhor Roteiro Original: Creio que será de Ela, mas se der Trapaça não me surpreenderia.
- Melhor Roteiro Adaptado: Torço por Antes da Meia-Noite, mas é o prêmio mais certo de 12 Anos de Escravidão.
- Melhor Animação: É de Frozen e ninguém pega, mas uma vitória surpresa de Vidas ao Vento me faria muito feliz.
- Melhor Filme Estrangeiro: Deve ficar mesmo com o italiano A Grande Beleza, não vi A Caça, mas prefiro A Imagem que Falta.
- Melhor Documentário: O Ato de Matar, mesmo tendo gente que acredite na vitória de 20 Feet from Stardom ou The Square.
- Melhor Curta de Documentário: The Lady in Number 6: Music Saved my Life. A senhora que tá nele faleceu tem umas 2 semanas.
- Melhor Curta: Helium.
- Melhor Curta de Animação: Get a Horse!, por que é Disney.
- Melhor Trilha Sonora: Gravidade, embora Desplat por Philomena e Newman por Saving Mr. Banks não tem Oscar, ai bem que um deles podia vencer.
- Melhor Canção Original: Let It Go de Frozen, e o U2 que não venha estragar a festa.
- Melhor Edição de Som: Gravidade, porque mesmo tendo filmes de guerra e em alto mar na disputa, Gravidade deve rapar todos os técnicos.
- Melhor Mixagem de Som: Gravidade, por que sim.
- Melhor Design de Produção: O Grande Gatsby, mas uma surpresa de 12 Anos de Escravidão é possível.
- Melhor Fotografia: Gravidade, e será merecido.
- Melhor Maquiagem e Cabelo: Clube de Compras Dallas, mas se der Vovô Sem Vergonha será demais.
- Melhor Figurino: O Grande Gatsby, porque Catherine Martin é rainha. Porém, Trapaça pode prevalecer aqui, ou até 12 Anos de Escravidão.
- Melhor Montagem: Gravidade, mas temo que Capitão Phillips pode surpreender.

- Melhor Efeitos Visuais: Gravidade, duh!

domingo, 26 de janeiro de 2014

Grammy 2014: O que esperar da maior festa da música.





 Preciso mesmo dizer o que é o Grammy Awards? Não não é mesmo? Ele ocorre hoje (26/01) e essas são minhas previsões de quem vence, junto de comentários que mostram para o que estou torcendo.



ÁLBUM DO ANO: Uma line-up inferior ao ano passado, mas ainda assim que consiste de bons trabalhos. Não consigo aceitar a esnobada ao excelente trabalho do Justin Timberlake, ainda mais quando deve ter sido o singelo, bem feito, porém esquecível álbum da Sara Bareilles que tomou o lugar dele, sei que houve muita excitação com a indicação do ''The Blessed Unrest'', por ser total surpresa, mas no fim é o mais fraco dos álbuns indicados, junto ao do Macklemore & Ryan Lewis, e não tem chance nenhuma de vencer. ‘The Heist’ simplesmente não tem cara de vencedor de álbum do ano, é um bom álbum, mas sem nada muito memorável além dos hits que já conhecemos, junte isso ao fato de que Macklemore ainda é um novato, e é muito difícil que ele prevaleça. O álbum da Taylor Swift, Red, é bem diferente dos três anteriores da cantora. Tem pop, country, um tipo de rock, folk, enfim, é uma misturada bem feita, mas que apesar de diferente, não é muito melhor do que o que a cantora venceu uns três anos atrás. Acho que pode sim ser acontecer spoiler e ela acabar vencendo, mas prefiro acreditar que o Grammy vai deixar a birra com EDM de lado e premiar o ótimo retorno a música do Daft Punk. '‘Random Access Memories’’ é um consenso, exceto para os fãs mais ardentes da dupla, que queriam mais beats e menos ‘’lounge’’, e mesmo sendo uma escolha diferente, é minha atual aposta para o prêmio máximo da noite, espero mesmo que a Academia compre a ideia. Porém, o melhor álbum do ano mesmo é do Kendrick Lammar, com o Good Kid, M.A.A.D City, o atual príncipe do rap colocou versos para contar diversas histórias de uma forma inacreditável. O cd não subverte o gênero, mas dá uma volta completa nos últimos cd’s de rap que foram lançados, até Kanye West tem algo a aprender com Lammar.

Quem ganha: Daft Punk - Random Access Memories.

Ranking Pessoal

1º - Kendrick Lammar, Good Kid, M.A.A.D City
2º - Daft Punk, Random Access Memories
3º - Taylor Swift, Red
4º - Macklemore & Ryan Lewis, The Heist
5º - Sara Bareilles, The Blessed Unrest


GRAVAÇÃO DO ANO: Tinha muito tempo que essa categoria, dita por muitos como a mais importante, não era preenchida só por músicas acima da média. Aliás, nem todas são, porque Blurred Lines (que entrou por ter sido o maior hit de 2013) não é lá muito memorável, mas depois de umas três ouvidas dá para se viciar na variação vocal de Mr. Thicke e curtir o rap de T.I. (‘’and everybody get up’’), mas a canção passa longe de ter sido um consenso, e por ser uma música R&B já está fadada a não vencer aqui. Radioactive é bem boa, é um rock mais alternativo e eletrônico (tem até dubstep!), mas não fez metade do sucesso das demais indicadas e Imagine Dragons passa longe de ser um nome forte o suficiente para se premiar numa categoria desse porte, não leva. Eu não acredito em Royals aqui porque essa menina já deve vencer outros 2 Grammys, e a dobradinha Gravação e Canção (o último ela deve vencer mais facilmente) é um feito que poucos conseguem, e me desculpem, mas Lorde não é uma Adele. Então, creio que a briga fique mesmo entre Bruno Mars e sua ‘’funk/reggae’’ Locked Out of Heaven e o Daft Punk com uma canção disco (porém, menos sintetizada) que é Get Lucky. No fim, e para ancorar a provável vitória em Álbum do Ano, creio que o Daft Punk prevalecerá com Get Lucky, mas se der Bruno Mars (pasmem!) nem vou achar ruim.   

Quem vai ganhar: Daft Punk (feat. Pharrell Williams) - Get Lucky


Ranking Pessoal:

1º - Daft Punk (feat. Pharrell Williams), Get Lucky
2º - Bruno Mars, Locked Out of Heaven
3º - Lorde, Royals
4º - Imagine Dragons, Radioactive
5º - Robin Thicke (feat. Pharrell Williams & T.I.), Blurred Lines


CANÇÃO DO ANO: Desde quando saíram as indicações que eu fico inconformado com a indicação de ‘’Roar’’ numa categoria que premia a LETRA da canção. Afinal, existe coisa mais clichê e brega que o refrão de Roar? É uma mistura de bordões que significam força sem muito nexo. Para completar a cantora ainda me deixa a canção sem um segundo verso digno, e nem um bridge ela consegue incorporar para completar o sentido da música. Roar não foi bem composta nem para ser uma boa canção pop, que dirá a ‘’canção do ano’’. Mas preciso admitir que a letra de ‘’Locked Out of Heaven’’ passa longe de ser um primor. A canção é bem recheada de uns ‘’ooh ooh’’, tem uma ou duas frases inteligentes, mas não passa muito disso. Espero que Mars não seja recompensado aqui, seria terrível. As demais três canções são todas lindas. Uma fala de problemas em relacionamento, a outra é quase sobre diferença entre classes sociais e, a melhor, sobre os direitos humanos. ‘’Just Give Me a Reason’’ não traz nada de muito novo, mas é bem detalhada ao demonstrar os dois lados de um relacionamento problemático, e a frase "You're still written in the scars on my heart" sintetiza toda a canção. "Royals" te diz tudo o que precisa já na primeira frase, quando Lorde alega nunca ter visto um diamante ao vivo. Para um mundo onde todos os jovens vivem de aparência, não tem como negar que a canção dialoga fácil (e de forma direta) com a mentalidade de geral, e é por isso que eu acredito que a neozelandesa vai fazer história sendo a mais nova vencedora da categoria. Minha favorita, e atual segundo lugar para vencer, é "Same Love". Eu sei que não é fácil julgar uma canção de rap que tem mais liberdade de ritmo, mas os versos do Macklemore são tão bonitos e ao mesmo tempo fortes (e reais) que não consigo mesmo torcer pelas outras candidatas quando uma delas tem uma frase do nível de "um mundo tão odioso que alguns preferem morrer, do que ser o que eles são".

Quem vai ganhar: Lorde - Royals 

Ranking Pessoal:

1º - Macklemore & Ryan Lewis (feat. Mary Lambert), Same Love
2º - Lorde, Royals
3º - P!nk (feat. Nate Ruess), Just Give Me A Reason
4º - Bruno Mars, Locked Out of Heaven
5º - Katy Perry, Roar



ARTISTA REVELAÇÃO: Essa é a categoria mais aberta dentre as quatro mais importantes, literalmente TODOS os indicados tem chances de vencer e se bobear, os dois mais famosos (Kendrick Lammar e Macklemore) serão os menos votados.  Rappers nunca venceram nessa categoria (talvez um ou outro), e os dois indicados ainda devem dividir votos, por isso não aposto na vitória deles, e se tiver que escolher um eu diria Macklemore & Ryan Lewis. Temos dois britânicos, James e Ed, que tiraram essas indicações sabe-se lá de onde, mesmo achando que James Blake tem appeal dos alternativos, Ed Sheeran tem uma indicação a Canção do Ano no currículo, tá muito mais em alta pela parceria na tour da Taylor Swift e tem um appeal maior, dentre os dois também acho que Ed tenha mais chances de levar. Porém, eles também podem dividir votos e dar a vitória para a linda da Kacey Musgraves. Kacey é mulher e cantora country, dois fatores que a ajudam muito, já que mulheres vivem vencendo a categoria e o bloco country é bem grande (lembrem-se da vitória de Carrie Underwood e Zac Brown Band nos últimos anos). Meu único medo é que ela ainda não é uma cantora crossover no próprio gênero e isso a pode prejudicar, mas minha previsão para vencer a categoria ainda fica com ela, e só quem ouviu seu cd sabe o quanto será merecido. 

Quem vai ganhar: Kacey Musgraves

Ranking Pessoal

1º - Kendrick Lammar
2º - Kacey Musgraves
3º - James Blake
4º - Ed Sheeran
5º - Macklemore & Ryan Lewis

Nas demais categorias espere por:

POP:

- Best Pop Solo Performance: Lorde – Royals. Timberlake pode dar um ‘’upset’’ com Mirros com recompensa pelas esnobadas.
- Best Pop Duo/Group Performance: Daft Punk (feat. Pharrell Williams) – Get Lucky. Mas se P!nk e Nate Ruess vencerem não será surpresa.
- Best Pop Vocal Album: Justin Timberlake – The 20/20 Experience. Bruno Mars e Lorde ameaçam, principalmente o Mars que tem aqui uma boa chance de ter sua única premiação da noite.
- Best Traditional Pop Vocal Album: Tony Bennett – Viva Duets.

DANCE/ELECTRONICA:

- Best Dance Recording: Calvin Harris (feat. Florence Welch) - Sweet Nothing. Clarity pode vencer fácil.
- Best Electronic/Dance Album: Daft Punk - Random Access Memories, a categoria mais certa da noite.

ROCK:

- Best Rock Performance: David Bowie – The Stars (Are Out Tonight). Categoria bem aberta, Led Zeppelin e Imagine Dragons podem vencer fácil.
- Best Metal Performance: Black Sabbath – God Is Dead?
- Best Rock Song: Paul McCartney & Nirvana – Cut Me Some Slack (como não premiar? LOL)
- Best Rock Album: David Bowie – The Next Day. Mas Led Zeppelin levando não seria surpresa.

ALTERNATIVE:

- Best Alternative Music Album: Vampire Weekend - Modern Vampires Of The City, mas o Grammy pode ser preguiçoso e dar pro NIN.

R&B:

- Best R&B Performance: Miguel (feat. Kendrick Lammar) – How Many Drinks? (Tamar Braxton pode surpreender)
- Best Traditional R&B Performance: Fantasia – Get It Right, acho que ela não perde, mas Gary Clark Jr pode gerar algo ruim aqui.
- Best R&B Song: Tamar Braxton – Love and War, mas vejam Fantasia dando upset aqui (ou até mesmo JT hihi)
- Best R&B Album: Alicia Keys – Girl On Fire, mas tá mais para o John Legend na verdade.
- Best Urban Contemporary Album: Rihanna – Unapologetic, mas se DEUS quiser a Fantasia vence.

RAP:

- Best Rap Performance: Macklemore & Ryan Lewis (feat. Wanz) – Thrift Shop, um dos locks da noite, mas torço por Kendrick.
- Best Rap/Sung Collaboration: Jay-Z (Feat. Justin Timberlake) – Holy Grail, difícil perder aqui hein.
- Best Rap Song: Macklemore & Ryan Lewis (feat. Wanz) – Thrift Shop, também acho barbada, mas Kanye West vai sair de mãos vazias? Vejo ‘’New Slaves’’ prevalecendo aqui sem problemas.
- Best Rap Album: Kendrick Lammar - Good Kid, M.A.A.D. City, mas tanto Kanye quanto Macklemore podem vencer.

COUNTRY:

- Best Country Solo Performance: Miranda Lambert – Mama’s Broken Heart, porque mulheres adoram vencer, mas Darius Rucker é algo a se considerar.
- Best Country Duo/Group Performance: Tim McGraw, Taylor Swift & Keith Urban – Highway Don’t Care, duvido que percam.
- Best Country Song: Kacey Musgraves – Merry Go Round, mas – infelizmente – Taylor Swift é uma ameaça.
- Best Country Album: Taylor Swift – Red, MAS TORÇENDO DEMAIS POR KACEY MUSGRAVES!

- Best Song Written for Visual Media: Adele – Skyfall, porque sim.
- Best Musical Theater Album: Kinky Boots
- Best Music Video: Justin Timberlake (feat. Jay-Z) – Suit & Tie.