quarta-feira, 28 de abril de 2021

Emmy - Melhor Atriz Comédia 2002


A corrida do Emmy de Melhor Atriz em Comédia de 2002 foi um evento. O maior motivo disso está na mudança que o elenco de ''Friends'' resolveu fazer na premiação. Eles todos se submetiam como coadjuvantes, mas a partir dessa () temporada, todos resolveram ir como protagonistas. Se isso foi um negócio ruim para Lisa Kudrow, que nunca foi realmente protagonista da série, acabou sendo ótimo para Matt LeBlanc e Matthew Perry, que receberam indicações pela primeira vez. 

Melhor ainda foi para Jennifer Aniston, que era, claramente, o ''rosto'' do show, ela não só entrou na categoria, como tinha toda uma trama para vencer. ''Ally McBeal'' em seu último ano não estava muito bem das pernas, então nem foi difícil para a grande estrela da televisão americana derrubar Calista Flockhart dentre as indicadas. As outras quatro concorrentes já tinham sido indicadas no ano anterior.

Com toda a trama da gravidez, o auge de ''Friends'' na audiência (e para a crítica), a explosão no cinema (e na vida pessoal), era impossível alguém bater Aniston naquele ano. Quando ela confirmou a submissão perfeita que tinha em mãos, a situação só se confirmou.

Tendo dito isso, vejamos o ranking pessoal daquela corrida:


5º Lugar: Jane Kaczmarek - Malcolm in the Middle ("Poker")

''Malcolm in the Middle'' é uma das séries que pretendo ver completa algum dia, é muito singular em relação a tudo que foi feito na época. Tendo dito isso, muitos acreditam que Jane Kaczmarek deveria ter se submetido em coadjuvante, não só por ela não ser protagonista em si da série, mas porque ela realmente teria mais chances lá. 

Essa submissão, ''Poker'', mostra bem que Jane não era, exatamente, o centro da série. Ausente por quase todo episódio, Jane só vai ter realmente um momento engraçado nos minutos finais do mesmo, algo que dura em torno de 20 segundos. E, embora divertida, é Bryan Cranston como seu marido Hal quem manda no episódio, e que deveria ter saído vitorioso por ele.


4º Lugar: Patricia Heaton - Everybody Loves Raymond (''A Vote for Debra'')

Nesse episódio de ''Everybody Loves Raymond'', Debra decide se candidatar a um cargo escolar. Parece o episódio perfeito para submeter para a personagem, correto? Sim. Porém, não é. 

Patricia Heaton meio que interpreta o arquétipo do ''straight man'' em ''Raymond'', o tipo de papel em que o ator é mais sério em meio a arquétipos/tipos mais diferentes. Tudo bem que esse tipo rendeu Emmys a pessoas como Julie Bowen, mas deixou outras, como Courtney Cox sem sequer uma indicação. 

Aqui, embora esforçada, e tendo um momento muito bom que ela aparenta tentar falar o máximo de palavras possíveis por segundo, a atriz não consegue se destacar mais que seu marido cênico, o excelente Ray Romano. Quase como um ''Pateta'' humano, Ray brilha com suas expressões farsescas e piadas de canto de boca. Era para ser um show de Heaton, e ela até tenta, mas aqui acabou ficou de assistente.


3º Lugar: Sarah Jessica Parker - Sex and the City ("The Real Me")

Não consigo nem imaginar os votantes do Emmy comparando ''Sex and the City'' com as sitcoms da época. Seja a escolha narrativa, estéticas e, especialmente, de atuação, tudo salta aos olhos por ser tão diferente. E em ''The Real Me'' a coisa não muda de figura. Tudo bem que alguns comentários de roteiro não envelheceram bem, mas é um episódio muito bem dirigido (vencedor do Emmy na categoria!) e sobre auto conhecimento, especialmente de Carrie. 

É uma jornada bem delineada e montada com todo o cuidado para que possamos entender o que Bradshaw está passando. Ela precisa aceitar ou não estar numa posição a qual ela só está acostumada a  admirar, isso gera um misto de medo e dúvida que qualquer ser humano acabaria por ter se colocado em seu lugar. E é isso que torna a personagem tão verdadeira, e muito disso vem da graça e destreza que Sarah Jessica Parker tem em cena. É muito confortável como ela lida com tudo, como sua presença faz você questionar se Sarah, na verdade, não é mesmo a própria Carrie.

Se não é uma atuação para se gargalhar, é belíssima de se assistir. E sim, tem seus momentos engraçados.


2º Lugar: Debra Messing - Will & Grace ("Bed, Bath, and Beyond")

Um episódio que tinha tudo para deixar Grace quase insuportável, na verdade, se transforma em um misto de sorrisos e lágrimas como poucas séries conseguem oferecer de forma honesta. A forma como Debra Messing poderia ser apenas uma grande chorona em cena por quase todo o episódio, mas ela prefere tirar o melhor do ''over'' apresentado para a situação é, por si só, muito inteligente. 

Que ela tenha um o momento final tão sincero e humano, quase que uma quebra daquele mundo, ao ponto que isso dinamiza quem Grace é como personagem, é quase brilhante. E repito: isso só ocorre porque Messing entrega tudo com muita sabedoria. Um ano depois, em um momento ainda mais verdadeiro (e realmente dramático!) ela ganharia seu Emmy. E se tivesse vencido aqui, teria sido muito merecido.


1º Lugar: Jennifer Aniston - Friends ("The One Where Rachel Has a Baby")

A trama da gravidez de Aniston foi tão evento naquele ano, mas de forma muito merecida. É um dos ápices dos roteiristas de ''Friends'' e culmina em uma season finale dupla de excelente qualidade. Episódios com personagens dando a luz geralmente acabam resultando em Emmys, como é caso de vencedoras prévias como Candice Bergen e Helen Hunt, e nesse caso específico, não tinha como ser diferente. 

Com o beneficio de ter o dobro de tempo de tela em relação as suas concorrentes, Aniston mergulha em uma enorme montanha russa de emoções. É uma crescente de momentos delineados pelo temperamento de Rachel, expressos perfeitamente por Jennifer. Se no primeiro episódio os níveis de estresse, ansiedade e impaciência definem a personagem, no segundo temos o turbilhão para o parto acontecer. Gritar e fazer careca não significa boa atuação, mas Aniston entende o tom cômico de traduzir uma boa piada em trabalho de parto. 

Só que é a forma como finalizam o episódio que fecha tudo com chave de ouro. De maneira sútil e emocionante, a atriz nos conduz para seu amor para com o bebê que acaba de nascer e suas visões para o amor. É uma jornada bonita de ver, guiada pela performance generosa, divertida e única de Jennifer Aniston para com Rachel Green.

terça-feira, 27 de abril de 2021

Emmy - Melhor Atriz Comédia 1991


Provando que o Emmy não gosta de inovar, as cinco indicadas desse ano foram exatamente as MESMAS do ano anterior. Eu imagino que o episódio de Candice Bergen foi um evento na época, mas ela não é, exatamente, o maior destaque do mesmo. Então, dada a popularidade de ''Cheers'', uma vitória de Kirstie Alley não pode ter sido assim, uma surpresa tão grande.

Porém, pelo que pude ver desses episódios de ''Designing Women'', é uma pena que Dixie Carter nunca foi indicada pela série, ela está maravilhosa no papel. Aqui meu ranking das indicadas:


-- Blair Brown - The Days and Nights of Molly Dodd

Como citado anteriormente, até mesmo pela própria atriz, ''Molly Dodd'' entrou num limbo por causa dos direitos autorais das canções utilizadas na série e não existe hoje em lugar algum. É triste, pois foi uma das primeiras séries de canais a cabo (Lifetime) a ser indicada ao Emmy e sabemos que Blair enviou "Here's a Pregnant Pause" nesse ano.


4º Lugar: Delta Burke - Designing Women ("The Bachelor Auction")

O tanto que eu amei Delta ano passado, aqui gostei um pouco menos. Burke tem como trama um encontro (não-proposital) com um amigo que trabalha com ela, encontro esse que ela ''comprou'' naqueles eventos beneficentes que oferecem momentos com outras pessoas. 

O problema é que Dixie Carter e Meshach Taylor meio que ofuscam Delta no episódio, ela mais no começo, ele no final. Ali pelos momentos finais do episódio, Delta até tenta brilhar com um pouco de comédia física, mas não o suficiente para ser top 3 esse ano.


3º Lugar: Candice Bergen - Murphy Brown ("On Another Plane")

Em mais um episódio duplo (!), Murphy está em um avião prestes a cair. O primeiro episódio foca em momentos anteriores da vida dela, o segundo nela e o amigo Frank em um funeral deles, que ninguém pode vê-los.

Se nos primeiros vinte minutos, Bergen mal atua pois Murphy está mais nova e são outras atrizes no papel, nos minutos finais ela está ótima. Tem momentos para brilhar e volto a martelar a humanização de sua personagem como um dos pontos altos de ver esses episódios. Porém, ela sofre do mesmo mal de Delta Burke, sinto que Joe Regalbuto a ofusca com frequência e, por isso, ela fica com esse #3.


2º Lugar: Betty White - The Golden Girls (''Once, in St. Olaf'')

Em uma tape irretocável, White me conquistou demais como Rose nesse episódio de ''Golden Girls''. A personagem tem uma característica clássica de ser meio ''avoada'', quase que como uma pessoa inocente lidando com o meio, e aqui cai como uma luva.

Rose encontra seu pai biológico no hospital e tem muitos sentimentos perante tal situação. Então, esse aspecto ''ingênuo'' da personagem encaixa perfeitamente com a situação e White arrasa em todas as cenas. Ela, em especial, não perde nenhuma das (muitas) piadas e momentos cômicos jogados a ela, e ainda entrega um momento, genuinamente, fofo com o personagem de Don Ameche.


1º Lugar: Kirstie Alley - Cheers ("The Days of Wine and Neuroses")

Eu me peguei surpreendido com o caminho que esse episódio acabou tomando. Alley começa super tranquila, mega sóbria (literalmente) e finaliza ACABADA. É maravilhoso de assistir.

Em dúvida sobre o que fazer com sua vida agora que foi pedida em casamento, Rebecca, que parecia tão contente no começo do episódio, toma todas e tem os momentos mais hilários da categoria. Ao contracenar com Sam na metade final do episódio, a atriz utiliza menos humor físico e mais caras e bocas (com excelentes piadas!), mas funciona bem demais, eu não conseguia parar de rir e me deu muita vontade de acompanhar a série só por esse episódio. Mais um acerto do Emmy na categoria.

sexta-feira, 23 de abril de 2021

Emmy - Melhor Atriz Comédia 1990


Se a gente faz de drama, porque não fazer também de comédia, não é verdade? Essa é uma corrida que eu fiz uns meses atrás, mas acabei não escrevendo (não era a ideia), mas começar com as de drama me animou aqui também. Foi meu primeiro contato com várias dessas atrizes e séries e a experiência foi bem proveitosa.

Uma coisa interessante desse ano dentre as indicadas é que, pela primeira vez, apenas uma das ''Golden Girls'' (nesse caso, Betty White) foi indicada, isso iria ocorrer até o fim da série. Kirstie Alley, indicada dois anos antes, retorna a corrida. E a série ''Designing Women'' finalmente indica uma de duas protagonistas, Delta Burke. A outra nomeada é Blair Brown, uma das primeiras pessoas indicada por uma produção da televisão a cabo, lá em 1987.

A vitória da lendária Candice Bergen, a segunda de cinco no total, não é nada fora da caixinha. Meu ranking dos episódios enviados:


-- Blair Brown - The Days and Nights of Molly Dodd

Infelizmente, por causa de direitos autorais das canções utilizadas na série, ''Molly Dodd'' não está disponível em lugar algum. Para piorar, não sabemos o episódio enviado por Blair Brown nesse ano. Então, fica aqui só a foto da atriz para não deixar passar totalmente em branco.


4º Lugar: Betty White - The Golden Girls (''Rose Fights Back'')

Esse episódio é muito bom, fala sobre trabalho para pessoas na terceira idade e também para mulheres. Para algo feito em 1990, é altamente progressista. O tempo cômico de Betty White é perfeito, mas isso não é novidade para ninguém.

O que me faz colocar ela aqui e não mais acima é que sinto que faltou algo, é um bom momento para a personagem e White o faz com profissionalismo, mas sem algo realmente impressionante em nenhuma parte do episódio fica difícil ir além.


3º Lugar: Kirstie Alley - Cheers ("The Improbable Dream, Part 1")

Se Alley é hoje ''persona non-grata'' no meio artístico dado suas visões políticas republicanas, a sua inserção em ''Cheers'' foi um evento. Nesse episódio, Rebecca começa a ter sonhos sexuais com Sam (Ted Danson).

Isso permite que Alley trabalhe uma comédia física excelente em diversas cenas, ela realmente se entrega as ações e torna cada uma delas mais engraçada que a outra. Para completar, os outros momentos de Rebecca são recheados de piadas que funcionam o tempo todo. É um prazer assistir, de verdade.


2º Lugar: Delta Burke - Designing Women ("They Shoot Fat Women, Don't They?")

Sempre tive uma curiosidade considerável em assistir algo de ''Women'', depois de finalizar esse episódio o sentimento só aumentou. Tocando em um assunto que assombra mulheres por décadas, Suzanne (Delta) precisa lidar com seu corpo e a percepção dos demais ao redor dela. A personagem retorna para uma reunião da época de escola, quando era magra, e precisa ouvir os comentários mais maldosos e nojentos possíveis.

Me sinto quase traindo a categoria, mas como é sobre a PERFORMANCE, acho que está valendo. O momento mais bonito de Delta é muito emocionante, com zero intenção de ser engraçado, entregue com muita verdade e dor. Atuação muito bonita mesmo da atriz, que ressoa comigo até hoje, uma grata surpresa.


1º Lugar: Candice Bergen - Murphy Brown ("Brown Like Me")

Acho que após ver apenas um episódio de ''Murphy'', consegui entender o furacão Bergen no Emmy. Nesse episódio, a Murphy precisa lidar com os dois pais (que são separados) vivendo com ela por alguns dias porque ela irá receber o prêmio. A situação é um pesadelo, mas Brown (e por consequência, Bergen) arrasa em cada cena.

É como se Bergen utilizasse os melhores pontos da concorrência: tem comédia física, excelentes ''one-liners'' e muita verdade em cena. É um ser humano vivendo e respirando em sua total realidade na tela, isso encanta e torna tudo muito mais genuíno. É suficiente para justificar tantas vitórias? Não sei, mas essa em particular, com toda certeza é.

quinta-feira, 22 de abril de 2021

Emmy - Melhor Atriz Drama 2000



Sem grandes pretensões, diferente do meu projeto de Melhor Atriz no Oscar, quero apenas ver todos os episódios submetidos pelas atrizes indicadas num determinado ano e fazer meu ranking pessoal.

Nas indicações caíram Gillian Anderson (''The X-Files'') e Christine Lahti (''Chicago Hope'') para a chegada de duas atrizes em novas séries: a já vencedora Sela Ward em ''Once and Again'' e Amy Brenneman em ''Judging Amy'', esse também o ano que Mariska Hargitay estreou como Olivia Benson em ''SVU'', mas demorariam 5 anos para ela ser reconhecida pelo Emmy. 

A vitória de Ward foi uma surpresa para todos, visto que era esperado que Edie Falco repetisse o feito do ano anterior e prevalecesse novamente. Vem ver meu ranking:


5º Lugar: Lorraine Bracco - The Sopranos ("Big Girls Don't Cry")

Eu gosto do que Bracco faz em Sopranos, é bem mais sútil do que a maioria do elenco, mas se já era difícil considerar ela protagonista na temporada anterior, nessa é pedir para se fazer de louco. E o pior, algumas coadjuvantes submetidas em protagonista (como Elisabeth Moss em ''Mad Men'') ainda conseguem episódios centrados em si, não é o caso de Bracco aqui.

O episódio é quase que a primeira aparição da Drª Melfi na temporada, ela relata para seu terapeuta os sentimentos e sonhos que vem tendo com Tony, tem outras cenas boas no final do episódio com Gandolfini, mas nada que dignifique um lugar acima desse.


4º Lugar: Amy Brenneman - Judging Amy (''The Wee Hours")

Conheço o trabalho de Brenneman por causa de ''The Leftovers'', onde ela entregou momentos incríveis. Séries como ''Judging Amy'' gritam anos 90, achei até um prazer assistir o episódio e existe uma boa presença de Brenneman, mas nada que realmente seja acima da média.

O episódio faz uma boa análise entre Amy julgando casais em problemas de custódia vs. a própria Amy tendo que lidar com isso em sua vida pessoal. Não existem grandes momentos ou nuances, mas é um trabalho decente com segundos finais bem bonitos.


3º Lugar: Julianna Margulies - ER ("Great Expectations")

A última temporada de Margulies como a icônica enfermeira Carol Hathaway entrega um ótimo episódio para a personagem, mesmo que eu tenha ficado com a impressão que não foi algo muito difícil para Julianna em termos de atuação.

É o episódio que sua personagem precisa dar a luz, ela tem complicações no parto e envolve muita emoção. Porém, eu tive uma primeira impressão que Margulies passou o episódio todo só gritando e chorando, mas acredito que os minutos finais dinamizem a performance dela e mostrem como a jornada para ter suas filhas foi complicada, mas muito bem feita como um todo.


2º Lugar: Edie Falco - The Sopranos ("Full Leather Jacket")

Sempre excelente em cena, é sentido que a presença de Carmela na segunda temporada não teve o mesmo peso da anterior. Muito periférica, a personagem teve poucos momentos para realmente aproveitar o momento, mas quando o teve, Falco faz como ninguém.

É muito boa a forma como Carmela intimida alguém, aqui ela precisa de uma carta para a filha entrar na faculdade. Se o contato primário mostra uma mãe tranquila falando com a vizinha, existe um veneno intrínseco a personagem em seu momento final com a irmã daquela vizinha. Não só é uma excelente performance, mas é uma daquelas que dá gosto de assistir.


1º Lugar: Sela Ward - Once and Again ("Pilot")

Não vou reclamar da escolha da Academia aqui, por mais que a série e a própria Sela não sejam nomes populares atualmente, assisti a seu episódio e tive uma surpresa muito agradável.

Confesso que séries com dramas familiares sempre irão me chamar atenção, mas o que eu mais gostei aqui é a forma naturalista, sem qualquer sinal de afetação, que a trama é conduzida. Primeiro que existe um momento ''documentário'' dos atores (como na foto acima) que aproxima demais tudo ao espectador. Segundo que sendo esse o piloto da série, é uma maneira muito legal de você conhecer e entender todo o dilema em questão.

E Sela, magnética em cena, nunca decepciona, trabalha com o mínimo, mas também tem sua cena de arroubo dramático, finalizando com um momento lindo com sua filha. Pacote completo. Vitória merecida.